10 de nov. de 2010

Informativo: Psicanálise e Sintoma

Está no ar o novo Blog do Dr. Galvão sobre a Psicanálise e o Sintoma. Com publicações sobre o Sintoma e Casos Clínicos diversos.

http://psicanalisesintoma.blogspot.com/

E estamos a procura de pessoas interessadas a ajudar no projeto.

5 de nov. de 2010

Informativo - Próximo Sábado


 No mini-curso Os Escritos Técnicos de Freud, no sábado do dia 06/10/10, a temática RESISTÊNCIA continuará sendo abordada, devido a sua grande importância, frequência e complexidade dentro do contexto clínico, como bem ressaltado por Lacan. 

No sábado do dia 13/10/10, aula posterior, será discorrido o CASO de DICK e o erro presente neste, de Melanie Klein, e faz-se aqui um convite aos Kleinianos para participarem da discussão.

2 de nov. de 2010

Os Escritos Técnicos de Freud - 30/10/10


O Eu e o Outro - vide aqui os assuntos abordados na palestra do dia 30/10/10, ainda dentro do mini-curso à respeito do Seminário I, de Lacan.

A presença

- Normalmente não nos damos conta da presença do outro;
- Não seria fácil viver se a todo instante tivéssemos o sentimento de presença;

A relação de transferência e resistência

- No caso do homem dos lobos, há um mecanismo diferente da do recalque, pois seu problema gira em torno da castração;
- O psicótico é prisioneiro de uma relação anal, Lacan traduz "verwerfung" por "recusa", o que não é correto, uma vez que o fenômeno no caso é muito mais grave;
- "Uma recusa é algo diferente de uma foraclusão";
- Não há julgamento na recusa;
- Para Freud, a operação do recalque é mais complicada do que o próprio recalque inicialmente exigido;
- Recalque originário (que possibilita a castração) -> quando a criança abre mão do amor da mãe tomado pelo pai;
- A essência da descoberta Freudiana existe na origem do recalque;
- É na dúvida do paciente que se reconhece os aspectos mais importantes;
- É muito difícil interpretar o louco porque ele vive em certeza;

Análise do "esquecimento" de Freud

- A impossibilidade que encontra Freud ao evocar o nome de Signorelli (nem esquecimento nem recalque);
- Freud e a identificação com a pintura de Signorelli; O Juizo Final (é como se Freud reconhecesse seu próprio futuro na pintura);
- "Do sublime ao ridículo não há mais que um passao", do francês "Du siblime au ridicule il ny'a s'u un pas."
- Só há memória porque existe o esquecimento;
- Guy Rosalato produziu uma obra muito recomendada sobre esse episódio de Freud;

As funções da palavra

- A resistência é a dificuldade de revelar;
- Lacan ignora a distinção entre "palavra" e "morfema";
- Na análise a palavra se degrada quando perde a função de revelação para a função de comunicação;
- A palavra é a mediação entre o sujeito e o outro;
- Revelação e não expressão (ponto máximo do Seminário I), pois ao longo da análise a palavra bascula entre essas duas coisas;
- Não existe palavra plena;
- É o próprio analista quem cria as condições de resistência do paciente;

30 de out. de 2010

AVISO: palestra do dia 30/10/10

Em decorrência das aleições do dia 31/10/10, a Faculdade de Medicina não poderá ser utilizada como sede habitual de nossas palestras. Visto isso, especificamente a palestra do dia 30/10/10 será realizada na casa do Dr. Galvão. Participantes interessados em obter o endereço, favor ligar para os seguintes números: (92) 3656-0993 / 3238-2668 / 3088-0333 / 3656-0692

À organização.

24 de out. de 2010

Os Escritos Técnicos de Freud - 23/10/10

Notas do dia 23/10/10


O EU E O OUTRO

- Lacan recomenda abster-se de qualquer relação de ego à ego;
- É necessária a presença de um terceiro termo;
- Estado Pseudo-maníaco: o problema fundamental não é o analista cometer um engano, mas o manejo inadequado de seus sentimentos;
-  Nunca se diz que o analista não pode ter sentimentos por seu paciente, o que ele não deve é ceder à isso;
- O que há de mais grave é o uso da técnica de colocar toda a concentração no presente do paciente, deixando de lado o passado;
- O erro está em separar a técnica de seus fundamentos;

"O analista acredita que é autorizado a fazer, nesta técnica, uma interpretação de ego à ego." Lacan cita e se opõe terminanentemente.

- Há interpretações que são tão justas e verdadeiras que podem não corresponder à verdade, ou seja, à real raiz do sintoma;

RELAÇÃO ENTRE RESISTÊNCIA E DEFESA

- Foi na Interpretação dos Sonhos (cap. 7) que Freud deu a primeiraa definição, em função da análise, de resistência;
- "Was immer die Fortsetzung der Arbeit stört, ist ein Widerstand." Tradução: tudo o que destrói, suspende, altera a continuação do trabalho (analítico);


Mas, de onde vem a resistência?

- Nada indica que ela venha do "eu". A resistência é concebida como algo que se produz do lado consciente, à medida que se aproxima de algo que foi recalcado;

O que foi orinalmente recalcado?

- O passado e sempre o passado;

O HOMEM DOS LOBOS

O que é o trauma?

- O trauma é uma noção extremamente ambígua. O trauma é um auto-traumatismo, pois o que traumatiza é a repetição do ato feita pelo próprio sujeito;
- O trauma geralmente provém da resignificação da experiência que foi vivida no passado da presente;
- O evento passa para segundo plano, mesmo não havendo nada o sujeito pode fantasiar o ocorrido;
- O homem dos lobos não lembra, mas sonha, a partir dos sonhos, Freud reconstrói a cena primária;
- O passado é uma reconstituição feita a partir do presente;
- Cena Primária: os fazendo sexo anal quando ele tinha dois anos;
- A Gestalt mostra que você nunca percebe todo o elemento, apenas partes deles;
- A análise colocou o centro da gravidade no sujeito;
- A questão proposta é "qual o sujeito do discurso?"

19 de out. de 2010

Fatos recentes

Colocamos aqui nossa indignaçao frente aos últimos fatos ocorridos na Faculdade de Medicina.

Inicialmente, é preciso deixar claro que historicamente buscamos trabalhar o ensino na cadeira de clínica psiquiatrica de forma a facilitar o enlace entre teoria e prática, onde os alunos atendem e acompanham individualmente os pacientes e realizam supervisão e orientação com professor responsável pela turma. Deste modo, buscamos propiciar qualidade ao ensino e à vivência da clínica psiquiátrica, bem como o atendimento responsável e de qualidade aos pacientes envolvidos no processo de aprendizagem dos acadêmicos.

Fazemos isso baseados no principio da Singularidade, desenvolvido muito bem no Seminário I de Lacan – Os Escritos Técnicos de Freud – (1983. p.21), segundo o qual se deve apreender cada caso em sua singularidade, onde a reconstituição completa da história do sujeito é o elemento central, constitutivo, estrutural do processo analítico. Neste sentido, defendemos que a essência da clínica psiquiátrica está no que há de singular, de único, marcado pelas significações e pelos sentidos atribuídos por cada sujeito a cada vivência particular sua.

Como é possível, portanto, fazer um acompanhamento único, individual e singular de cada relato de caso de cada aluno se nos é imposto que seja ministrada aula prática com atendimento de pacientes para 16 alunos em 2 horas de aula? Como se pode primar pela qualidade do ensino em uma Universidade Federal quando os próprios mestres estão muito mais preocupados com a quantidade cumprida no semestre?

O que se vivencia no cotidiano universitário são tentativas de resolver com emendas mal feitas os erros que há muito foram deixados de lado, são medidas emergenciais que não resolvem o problema em si, mas apenas impedem que um sintoma se manifeste.

Neste momento acreditamos que é hora de refletir: Que perfil de profissionais é este proposto pela universidade? Qual a qualidade que estamos propiciando aos nossos alunos? Será a qualidade percebida apenas nos altos coeficientes “obtidos”?

É hora de refletirmos estas questões e fazermos nossas proposições de melhorias, e, principalmente, LUTARMOS pelas melhorias que pensamos ser necessárias e primordiais para a formação de profissionais éticos, responsáveis, críticos e conscientes da importância de seu papel social.

Para isto, pedimos o apoio daqueles que lerem esta postagem e concordarem com nossas indignações e questionamentos, tendo em vista que estamos encetando uma batalha contra o autoritarismo, a ignorância administrativa e a desconsideração pela história profissional e atuação em extensão de professores que estão de fato preocupados com a banalidade que está tomando conta do contexto médico e universitário.
Assim, aqueles que quiserem deixem suas assinaturas em forma de comentário neste post que se baseia numa postura ética.

17 de out. de 2010

Aliança Francesa

 Uma das colaboradoras do Projeto Psicanálise na Cultura, é a escola Aliança Francesa que através do estudo do francês vem trabalhando na propagação da cultura como um todo nesta região. Por entremeio de diversas palestras, seminários e exposições, tem contruibuído de forma significativa para o incentivo não só à arte, mas às ciências e ao saber popular.



Razões para estudar francês?

O Francês no mundo

  O Francês é falado em 56 países nos 5 continentes
   Mais de 78 milhões de turistas  visitam a França todos os anos.
   O Francês é uma das línguas oficiais da cultura, do turismo, da ciência e da tecnologia, dos negócios, da gastronomia e da diplomacia.  

O Francês nos estudos

  O Ensino superior na França é gratuito. Existem vários programas de bolsas para estudar na França.
  Cerca de 10% dos estudantes na França são estrangeiros.
  Os diplomas do ensino superior francês são válidos em toda a Europa.
  Algumas das melhores universidades brasileiras já assinaram acordos de duplos-diplomas com universidades francesas. 

O Francês nos negócios

  Cerca de 1 milhão de funcionários trabalham para empresas que utilizam a língua francesa no Brasil.
  Mais de 600 empresas de língua francesa estão aqui instaladas.
  O governo do Quebec no Canadá oferece oportunidade para profissionais de nível técnico ou universitário .
  A França é um dos maiores investidores estrangeiros no Brasil .

O Francês na formação cultural

Aprender francês amplia o universo cultural em vários aspectos: história, cinema, artes plásticas, literatura, turismo, gastronomia, design, ciência política e relações internacionais. 

* As seguintes razões foram reproduzidas do site oficial d'Aliança;

CONTATO:

ALIANÇA FRANCESA DE MANAUS
RUA LAURO CAVALCANTE 250,
CENTRO, MANAUS, 69020-230
FONE: 3232 1373
www.aliancafrancesamanaus.com
www.afmanaus@internext.com.br

Os Escritos Técnicos de Freud - 16/10/10

Notas do dia 16/10/10

A palestra tratou, em especial, sobre a Resistência. Dentre os aspectos mais relevantes podemos destacar:

Análise é uma experiência do particular. Não há neste sentido, ao contrário do que muitos psicanalistas pensam, um método padrão na psicanálise. Cada analista assume em cada situação o método que mais for conveniente para o sucesso analítico.


RESISTÊNCIA

- Acerca da resistência, o conceito levantado foi de que sempre que se entra em contato com algum conteúdo conflitivo com o qual na maioria das vezes o sujeito tem conteúdos não elaborados ocorre a

- Ela se torna mais forte ao passo que a análise aprofunda-se em temas que supostamente apresentam conflitos.

- Isso não quer dizer que o paciente é inimigo da análise, ao contrário, a resistência permite ao analista perceber os objetos de conflito.

- Ela aparece sempre em ligação com o Ego;


CONTRATRANSFERÊNCIA

- É a função do Ego do analista, trata-se da soma de todos seus preconceitos

- Análise busca reconquistar (pelo menos em parte) a realidade autentica do inconsciente pelo sujeito.

Sobre formulações de Freud Sobre o Ego:

- Temos que não há uma única teoria do teórico sobre Ego, e sim uma formulação que se adéqüe a cada caso estudado;

- É válido esclarecer que a Psicanálise representa um rompimento com a Psicologia Clássica e qualquer tentativa de aproximá-las não é psicanálise, e sim Psicologia do Ego.

- Sendo esta última a que usualmente é transmitida nas universidades com a nomenclatura de Psicologia Psicanalítica, ou mesmo Psicanálise. O que corresponde na verdade, a um desvirtuamento da Psicanálise.


Sobre PSICANÁLISE, Lacan faz uma análise das analises, falando sobre analise inquisitorial

- Foi a primeira a perceber o sujeito em conflito com ele mesmo;

- Trata-se de uma técnica que respeita o Sujeito;

- Nesta perspectiva foi feita a leitura de um caso descrito por Annie Reich em um artigo de sua autoria. No escrito esta elucida sobre contratransferência, relatando provavelmente uma “análise didática”.

- Foi feita uma discussão sobre o erro que a tal analista (de renome, diga-se de passagem) cometeu ao interpretar um fato relativo ao paciente com conteúdos seus, uma interpretação de Ego a Ego.

- Na verdade, a interpretação deve sempre apontar para a falta.


PRÓXIMA AULA:

- O eu e o outro;

- Trataremos sobre um esquecimento muito significativo de Freud durante uma de suas intervenções. O esquecimento de Signoreli, episódio no qual ele está impicado;

15 de out. de 2010

A Criança como Desafio - 15/10/10


Relato do dia 15 de outubro.

Hoje foram realizadas* diversas atividades com as crianças participantes do supracitado projeto, tais como: contar histórias, registros de desenhos, pinturas e, principalmente, a terapia lúdica, através de brincadeiras e diálogos.

As atividades pedagógicas têm o objetivo de propiciar às crianças o desenvolvimento das diversas  áreas que envolvem a linguagem oral, visual, escrita, corporal, artística e, sobretudo, a interação do grupo. Neste sentindo as crianças participaram com entusiasmo das atividades propostas, demonstrando uma resposta positiva aos aspectos trabalhados. 

* Dados fornecidos pelas estagiárias do projeto.

Os Escritos Técnicos de Freud - 09/10/10

A aula inicial do novo curso intitulado Os Escritos Técnicos de Freud teve como intuito fazer a introdução ao estudo do Seminário I do Lacan homônimo ao curso.

Podemos, portanto, fazer um levantamento de conjecturas masi relevantes da aula (09/10/10).

- A discussão levantada durante a aula cuminou na conclusão de que não existe diferença entre análise didática e análise terapêutica, pois toda análise é didática;
- Freud não cria nada, a não ser a partir de uma dificuldade da clínica;
- Existe, porém, a possibilidade de o analisando ao fim da análise indentificar-se com a posição do terapeuta, com uma possível posição masoquista e interessar-se em tornar-se analista, porém o ponto crucial da análise é tornar o sujeito capaz de sutentar o diálogo do analista;
- O Id não corresponde a um puro dado objetivo;
- O domínio do Super Ego é para fazer com que o outro se adeque a minha linguagem;
- O que sustenta a ordem do Superego é o amor;
-  Não existe "auto-análise";

Sobre o termo seminário, Lacan define que: aqueles que dele participam devem trazer mais que um esforço pessoal, uma colaboração que pressuponha uma comunicação. Dentro desta perspectiva, podemos perceber que não é assim que se estabelece a vivência de "Seminário" no contexto universitário da UFAM.

Em relação aos Escritos Técnicos, é dado o conceito de palavras usadas (palavra gasta).
Em Alemão: Klein Neurosen Schrifle. (Pequenos escritos sobre neurose).
Vale ressaltar que não é a técnica que une esses escritos, a técnica e a teoria estão sempre articuladas.

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Próximo Sábado - Dia 16/10 - Aula sobre RESISTÊNCIA, uma aspecto muito relevante na clínica psicanalítica.