2 de nov. de 2010

Os Escritos Técnicos de Freud - 30/10/10


O Eu e o Outro - vide aqui os assuntos abordados na palestra do dia 30/10/10, ainda dentro do mini-curso à respeito do Seminário I, de Lacan.

A presença

- Normalmente não nos damos conta da presença do outro;
- Não seria fácil viver se a todo instante tivéssemos o sentimento de presença;

A relação de transferência e resistência

- No caso do homem dos lobos, há um mecanismo diferente da do recalque, pois seu problema gira em torno da castração;
- O psicótico é prisioneiro de uma relação anal, Lacan traduz "verwerfung" por "recusa", o que não é correto, uma vez que o fenômeno no caso é muito mais grave;
- "Uma recusa é algo diferente de uma foraclusão";
- Não há julgamento na recusa;
- Para Freud, a operação do recalque é mais complicada do que o próprio recalque inicialmente exigido;
- Recalque originário (que possibilita a castração) -> quando a criança abre mão do amor da mãe tomado pelo pai;
- A essência da descoberta Freudiana existe na origem do recalque;
- É na dúvida do paciente que se reconhece os aspectos mais importantes;
- É muito difícil interpretar o louco porque ele vive em certeza;

Análise do "esquecimento" de Freud

- A impossibilidade que encontra Freud ao evocar o nome de Signorelli (nem esquecimento nem recalque);
- Freud e a identificação com a pintura de Signorelli; O Juizo Final (é como se Freud reconhecesse seu próprio futuro na pintura);
- "Do sublime ao ridículo não há mais que um passao", do francês "Du siblime au ridicule il ny'a s'u un pas."
- Só há memória porque existe o esquecimento;
- Guy Rosalato produziu uma obra muito recomendada sobre esse episódio de Freud;

As funções da palavra

- A resistência é a dificuldade de revelar;
- Lacan ignora a distinção entre "palavra" e "morfema";
- Na análise a palavra se degrada quando perde a função de revelação para a função de comunicação;
- A palavra é a mediação entre o sujeito e o outro;
- Revelação e não expressão (ponto máximo do Seminário I), pois ao longo da análise a palavra bascula entre essas duas coisas;
- Não existe palavra plena;
- É o próprio analista quem cria as condições de resistência do paciente;

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