13 de dez. de 2010

Dr. Galvão tem quadro clínico grave descartado


É com imensa satisfação que informamos que o Dr. Galvão saiu do quadro grave e reage favoravelmente à intervensão cirúrgica realizada ainda ontem.  Ainda cedo soubemos que ele estava em coma induzido,  após a operação, mas em estado controlado, na UTI do Hospital João Lúcio. Segundo informações concedidas por sua filha, a neurologista Lourdes Galvão, não há motivos para que haja uma evolução no quadro de saúde dele, mas somente após o período crítico de 24 horas é que saberemos a extensão da lesão. Segundo Rogério Casado, psiquiatra amigo da família, as expectativas de que ele resistirá a esta violência são positivas.

Estamos torcendo em todos os momentos por sua recuperação, obrigada por todo o apoio daqueles que estão ao nosso lado torcendo e nos concedendo novas informações.

Notícia: http://acritica.uol.com.br/manaus/Manoel-Galvao-clinico-descartado-medico_0_388761153.html

12 de dez. de 2010

Dr. Galvão hospitalizado


É com extremo pesar que informamos que neste sabádo, pouco tempo depois do encerramento da última palestra sobre Os Escritos Técnicos de Freud, o Professor Doutor Manoel Dias Galvão, coordenador e responsável por todos os projetos aqui relacionados, foi atingido por uma bala na cabeça, por motivos ainda desconhecidos, e se encontra em estado grave no Hospital Pronto Socorro Dr. João Lúcio, em Manaus.
Estamos  horrorizados com o acontecimento, em vista da barbárie e violência do ato contra um médico extremamente dedicado, em seus 64 anos, após tanto tempo de serviços prestados e comprometimento profissional. Expressamos aqui nossa indignação e nosso profundo lamento.

Aguardamos ansiosamente por notícias e pela urgente melhora do Professor Galvão.

9 de dez. de 2010

Medicalização de Crianças

Seguem abaixo alguns vídeos sobre a medicalização de crianças e adolescentes, muitas vezes abusiva e errônea. Conflitos estes silenciados pela redução de questões sociais na doença de indivíduos.

- Vídeo de Helena do Rego Moneteiro sobre medicalização da vida escolar e sobre o II Seminário Regional de Psicologia e Direitos Humanos, que ocorreu em 2006 e teve como tema a medicalização da vida.
 - Discursso de Luiz Fuganti no CRP-EJ, em 29/03.

Ambos no seguinte Link; http://www.crprj.org.br/publicacoes/videos/  Pesquisar por nomes.

- Vídeo do Dr. Thomas Szaz denunciando a medicalização (CRP já tem versão com legendas em português)

6 de dez. de 2010

Os Escritos Técnicos de Freud - 04/12/10

ESTUDO DE CASO - ROBERTO

Em comparação ao CASO DICK, perbemos a grande diferença entre um caso de Autismo e um caso de Psicose. 

Considerações Iniciais

- Tudo gira em torno na expressão "o lobo!";
- Simbólico não é a linguagem, tem a ver com a palavra;
- Toda obra de Lacan gira em torno na função da palavra;
- Para ler Lacan é preciso manter certa distância, pois o homem só enxerga as coisas tomando tal distância das mesmas;
- Importante ressaltar que toda obra de Lacan visa repensar os textos fundamentais de toda obra psicanalítica;
- Freud chama a transferência de amor, mas é um amor às avessas;
- Você paga para ser amado, mas não pode ser amado;
- O neurótico puxa a realidade para a fantasia, o que não é possível para o psicótico;
- Lacan dá a palavra à Rosine Lefort, sua aluna, quem relata o caso de Roberto;

O Relato

- Roberto nasceu em 04/03/48
- Viveu até os três anos em mais de 25 diferentes lugares;
- Roberto viveu em hospitais, nunca foi adotado, nem conviveu em família;
- O pai é desconhecida e a mãe foi internada com diagnóstico de paranóica;
- Mãe ficou com ele até os 5 meses;
- Essa criança foi submetida à toda forma de violência e negligência;
- A mãe lhe faltou com alguns cuidados, à ponto de deixá-lo passar fome;
- Foi hospitalizado aos 5 meses, saiu aos 9 meses, devolvido quase à força para a mãe. Voltou para o hospital 2 meses depois, com desnutrição, quando foi abandonado em definitivo pela mãe;
- Isso é algo que acontece frequentemente com nossas crianças;
- Quando tinha 3,5 anos foi proposta uma internação pós estágio parapsicótico;
- Apresentava gritos frequentes, risos gulturais, só sabia dizer duas palavras "dona" e "lobo" (repetia a última o dia inteiro);

- O uso e esvaziamento do pinico chamavam muito a atenção. Não podia suportar as portas abertas, o grito das outras crianças, as mudanças de quarto;
- Comportamento violento e incapacidade de agredir;
- Lefort diz que não sabiam ao certo em qual categoria colocá-lo, mas tentavam um tratamento;
- Na fase preliminar (primeiro ano) ele repetia o comportamento de toda a vida (gritos, medo da mamadeira de leite, como se houvesse uma fobia, às vezes se aproximava a soprando, e medo da bácia d'água);
- Disse "mamãe" em face ao vazio (a mãe ausente);
- Numa noite, com uma tesoura de plástico, tentou cortar seu membro genital na frente das outra crianças. Vê-se aqui que ele está submetido a um princípio de destruição;
- Para saber o que quer dizer "o lobo!", é preciso relembrarmos sua história;

- Mudança de lugar, de quarto (uma destruição) -> portas abertas;
- Digestão e excreção -> mamadeira e pinico;
- Grande dificuldade em se livrar do cocô -> cena do pinico;
- Engolindo a destruição -> cena da mamadeira;

- O cocô é uma representação dele, ele não pode perdê-lo. 
- O problema primordial em Roberto é que NÃO há uma SEPARAÇÃO entre CONTINENTE e CONTEÚDO;
- Essa criança, como Dick, tinha muita dificuldade de passar da auto-destruição (violência) para a agressividade (agressão);
- Não consegue tomar posse do próprio cocô, pois não tomou posse da mãe. Não se diferenciou o continente (mãe) do conteúdo (ele);
- Todo tratamento visa passar de um estágio de violência para um estágio de agressão;
- O essencial é dar a entender que não se quer nada da criança, é preciso deixá-la livre para fazer o que quiser com os objetos;
- Essa criança tentava se diferenciar de seus conteúdos;

CONTINUA... (Próxima Aula)

Os Escritos Técnicos de Freud - Parte II





Frontispício
“Reflitam um instantinho sobre o real. É porque a palavra elefante existe na sua língua, e porque o elefante entra assim nas suas deliberações, que os homens puderam tomar em relação aos elefantes, antes mesmo de tocá-los, resoluções muito mais decisivas para esses paquidermes do que o que quer que lhes tenha acontecido na sua história – a travessia de um ri ou a esterilização natural de uma floresta. Só com uma palavra elefante e a maneira pela qual os homens a usam, acontecem, aos elefantes, coisas, favoráveis ou desfavoráveis, fastas ou nefastas – de qualquer maneira, catastróficas – antes mesmo que se tenha começado a levantar a direção a eles um arco ou um fuzil.” P.206 (LACAN,J.)

Programação
Parte II
1ͣ Aula: Sobre o Narcisismo
2ͣ Aula: A Báscula do Desejo
3ͣ  Aula: O Núcleo do Recalque
4ͣ Aula: Os Impasses de Michaël Balint
5ͣ Aula: A Função Criativa da Palavra
6ͣ Aula: O Conceito de Análise

Objetivos
1. Reintroduzir o registro do sentido
2. Introduzir o problema do ego e da palavra
3. Expor o caso de Roberto para abrir questões
4. Introduzir a questão dos dois narcisismos
5. Enfatizar a maneira pela qual o plano simbólico se liga ao imaginário
6. Afirmar e justificar que não há os escritos técnicos de Freud
7. Rediscutir a fórmula de Freud: “Lá onde isso estava, o eu deve estar”
8. Criticar o uso do termo associação “livre”
12. Discutir o conceito de análise
13. Considerar a noção do sujeito
14. A Significação da Palavra
15. Refletir sobre o Real

Desenvolvimento
“Pensar é substituir aos elefantes a palavra elefante, e ao sol um círculo. Vocês se dão bem conta de que entre essa coisa que é fenomenologicamente o sol – centro do que ocorre no mundo das aparências, unidade da luz – e um círculo, há um abismo. E mesmo se o franquearmos, que progresso há sobre a inteligência animal? Nenhum.
 Porque o sol enquanto é designado por um círculo não vale nada. Só vale na medida em que esse circulo é colocado em relação com outras formalizações, que constituem, com ele, o todo simbólico no qual tem seu lugar, no centro do mundo, por exemplo, ou na periferia, pouco importa. O símbolo só vale se se organiza num mundo de símbolos.” P. 256 e 257 (LACAN,J.)

Realização
CEP. HUGV
Coordenação de Ensino e Pesquisa
Contato: 3305 -4782

Investimentos
R$ 120,00 (ou R$ 20,00/aula): Estudante
R$ 240 (R 40,00 aula): Profissional
Emissão de Certificados com 75% de presença.

Informações
Marcelo Luna 82401089

Jéssica Pedrosa 93044186
Blog: psicanálise-na-cultura.blogspot.com
psicanalisesintoma.blogspot.com

Bibliografia
AGOSTINHO, Santos. De magitro. Santo Agostinho. Editora Vozes.
HARARI, Roberto. Discorrer a psicanálise. Artes Médicas.
LACAN, Jacques. Os escritos técnicos de Freud. Zahar Editor
FREUD, Sigmund. Introdução ao Narcisismo. Imago Editora
FREUD, Sigmund. O homem dos lobos. Imago Editora.
FREUD, Sigmund. A Psicologia das Massas e a Análise do ego. Imago Editora.
DELEUZE, Gilles, GUATTARI, Félix. O Anti-édipo. 34 Editora.
JACQUES, Alain MILLER, Jacob. Perspectivas do Seminário 23 de Lacan: O sintoma. Zahir Editora.

Apoio
Fabiane Aguiar, Paulo Almeida, Cláudia Santos e Astrid Caminha

Rua Lauro Calvacante, 250, Centro. Fone: 3232 -1373

4 de dez. de 2010

Patrocínios & Colaboradores

Tanto o projeto A Criança Como Desafio, quanto o projeto Psicanálise na Cultura, ambos coordenados pelo Dr. Galvão, na Faculdade de Medicina do Amazonas, carecem de maior difusão e apoio financeiro para que seja possível a excelência dos atendimentos e atividades realizadas periodicamente. Pedimos, por meio deste, a colaboração de qualquer orgão ou empresa (ou interessados) que visam estabelecer uma ponte direta com a saúde pública e a Psicanálise, colaborando não somente com as dezenas de beneficiados pelos projetos, como também com a própria cultura e conhecimento a ser distribuído nessas áreas. Contamos com a sua participação.

Obrigada,

À equipe de apoio.