A Psicanálise é uma dialética?
Primeira aula: O momento da resistência
Segunda aula: A tópica do imaginário
Terceira aula: Para além da Psicologia
Quarta aula: Os impasses de Michael Balint
Quinta aula: A palavra na transferência
OBJETIVOS
1. Reintroduzir o registro do sentido
2. Interrogar o problema do ego e da palavra
3. Introduzir o problema do ego e da palavra
4. Voltar ao caso Dick descrito por Melanie Klein
5. Expor o caso de Roberto para abrir questões
6. Introduzir a questão dos dois narcisismos
7. Enfatizar a maneira pela qual o plano simbólico se liga ao imaginário
8. Afirmar e justificar que NÃO há is escritos técnicos de Freud
9. Rediscutir a fórmula de Freud: "Lá onde isso estava, o eu deve estar"
10. Criticar o uso do termo associação "livre"
11. Definir o fenômeno da resistência
12. Discutir o conceito da análise
13. Discutir o conceito de superego
14. Considerar a noção do sujeito
DESENVOLVIMENTO
"O superego é uma leia desprovida de sentido, mas que, entretanto, só se sustenta da linguagem. Se eu digo virarás à direita, é para eu permitir ao outro ajustar a sua linguagem à minha. Penso no que se passa na cabeça dele no momento em que lhe falo. Esse esforço para chegar a um acordo constitui a comunicação própria a linguagem. Esse tu é tão fundamental que intervém antes da consciência. A censura, por exemplo, que é intencional, age contudo antes da consciência, funciona com vigilância. Tu não é um sinal, mas uma referência ao outro, é ordem e amor.
Igualmente, o ideal do eu é um organismo de defesa perpetuado pelo eu para prolongar a satisfação do sujeito. Mas é também a função mais deprimente, no sentido psiquiátrico do termo.
O id não é redutível a um puro dado objetivo, às pulsões do sujeito. Nunca uma análise chegou a determinar uma taxa de agressividade ou de erotismo. O ponto a que conduz o progresso da análise, o ponto extremo da dialética do reconhecimento existencial, é - tu és isto.
Esse ideal nunca é de fato atingido." P.11 (LACAN, J.)
FRONTISPÍCIO
"Associação livre, este termo define muito o de que se trata - são as amarras da conversa com o outro que procuramos cortar. A partir de então,o sujeito encontra-se numa certa mobilidade em relação a esse universo da linguagem no qual o engajamos. Enquanto acomoda seu desejo em presença do outro, produz-se no plano imaginário essa oscilação do espelho que permite, a coisas imaginárias e reais que não tem o hábito de coexistir para o sujeito, reencontrarem-se numa certa simultaneidade, ou em certos contrastes." P.202 (LACAN, J.)
BIBLIOGRAFIA
AGOSTINHO, Santos. De magitro. Santo Agostinho. Editora Vozes.
HARARI, Roberto. Discorrer a psicanálise. Artes Médicas.
LACAN, Jacques. Os escritos técnicos de freud. Zahar Editor.
FREUD, Sigmund. Introdução ao Narcisismo. Imago Editora.
FREUD, Sigmund. O home dos Lobos. Imagi Editora.
FREUD, Sigmund. A Psicologia das Massas e a Análise do ego. Imago Editora.
DELEUZE, Gilles, GUATTARI, Félix. O Anti-édipo. 34 Editora.
JACQUES, Alain, MILLER, Jacob.A. Perspectivas do Seminário 23 de Lanca: O sintoma. Zahir Editora.
OBS: Esse curso foi ministrado pela primeira vez no dia 15/01/2000 ao dia 12/02/2000. Porém, ele será retomado à luz de novas pesquisas que apontam para as limitações desse seminário. Assim, não haverá repetições neste mesmo curso, pois qualquer curso ministrado é sempre reformulado devido à luz de uma série de novas compilações e pesquisas feitas sobre o assunto abordado.
Curso iniciado no dia 09 de outubro de 2010.
Curso iniciado no dia 09 de outubro de 2010.
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