2 de mar. de 2010

Próximo Curso: A Polifonia do Sonho

A POLIFONIA DO SONHO


1. Espaços psíquicos, espaços do sonho.
2. Espaço onírico originário e sonho na transferência.
3. O grupo e o sonho.
4. Os sonhos de grupo.
5. A polifonia e os dois umbigos do sonho.



DESENVOLVIMENTO

“O estado psíquico de quem dorme é o retraimento: “ele se retira quase totalmente do mundo que o cerca e para de se interessar por ele” (ibid). O termo desinvestimento é bem vindo aqui para indicar essa retirada das vestimentas diurnas. Falta apenas um passo, mas um passo decisivo, para escutar na metáfora freudiana que o espaço do sonho é provavelmente o espaço do seio materno (Bion) ou do corpo materno. É nessa medida que J. B. Pontais escreve que o “sonho foi para Freud um corpo materno deslocado” (1972,p.24). Ao introduzir o conceito de envoltórios psíquicos, D. Anzieu retomará a idéia de que o sonho é um envoltório protetor contra estimulações perturbadoras que tornariam inatingível a finalidade do sonho: a realização alucinatória da fantasia de desejo inconsciente. O corpo próprio não tem apenas o estatuto de continente e fonte do espaço do sonho, como mostraram os estudos de D. Anzieu e Sami-Ali: o corpo e a psique materna garantem as condições do sonho, abrigam-no e talvez o trabalhem.”(René Kaes, p.52)

BIBLIOGRAFIA

1. Kaes, René. A Polifonia do Sonho. Idéias e Letras, 2004.
2. Chaboudez, Gisèle. A Equação de Sonhos. Companhia de Freud. 2000.
3. Freud, Sigmund. A Interpretação dos Sonhos. Vol. IV e V. Imago.
4. Anzieu, Didier. A Autoanálise de Freud. Artes Médicas.
5. Ab’Sáber, Tales A. M. O Sonhar Restaurado. Editora 34. 2005

OBJETIVOS:
1. Reavaliar a teoria do sonho
2. Explorar as manifestações clínicas do sonho
3. Propor uma visão de conjunto sobre as funções do sonho
4. Distinguir com Freud uma quádrupla regressão
5. Fazer uma distinção entre o que é comum e o que é compartilhado
6. Relembrar a tese proposta pó D. Anzieu em 1966 sobre a analogia grupo e sonho
7. Destacar a importância da qualidade do continente grupal para o sonhador
8. Mostrar que o grupo é um incrível ativador da atividade onírica
9. Propor uma visão do conjunto sobre as funções do sonho nos grupos
10. Descrever um espaço onírico originário


FRONTISPÍCIO:
“Toda a tradição psicanalítica freudiana afirma que o sonho é uma produção própria e íntima do sonhador, que ele desempenha funções estritamente intrapsíquicas e é prova da organização dinâmica, tópica e econômica do aparelho psíquico individual. Começamos a estabelecer um outro ponto de vista: o sonho exprime também e ao mesmo tempo a organização e o funcionamento do espaço intersubjetivo. Mais ainda: não só esse espaço forma o berço da capacidade de sonhar, como contém também os traços de experiências que não deixaram representações na psique de seus sujeitos constituintes. Os estudos decorrentes do trabalho psicanalítico com famílias e casais dedicaram muita atenção a essas qualidades da experiência onírica nesse espaço material da psique.” (René Käes, p.73)

Informações:
Fernanda – 91077074
Yasmine – 88111133

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